Em entrevista, Jairnilson Paim e Sonia Fleury destacam avanços, entraves e desafios do SUS

Na matéria “A evolução do SUS”, publicada na revista DOC neste mês de maio, os pesquisadores Jairnilson Paim (ISC/UFBA), coordenador geral do projeto Análise Política em Saúde (2003 – 2017), e Sonia Fleury (Ebape/FGV), coordenadora do Programa de Estudos sobre a Esfera Pública da Fundação Getulio Vargas, falaram sobre o movimento de democratização da saúde […]


Na matéria “A evolução do SUS”, publicada na revista DOC neste mês de maio, os pesquisadores Jairnilson Paim (ISC/UFBA), coordenador geral do projeto Análise Política em Saúde (2003 – 2017), e Sonia Fleury (Ebape/FGV), coordenadora do Programa de Estudos sobre a Esfera Pública da Fundação Getulio Vargas, falaram sobre o movimento de democratização da saúde que culminou na criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a falta de respaldo político para o sistema e os projetos que ameaçam sua sustentabilidade.

Em entrevista à jornalista Carol Herling, Paim fala sobre o impacto do projeto de desvinculação dos recursos destinados à Saúde dos governos federal, municipal e estadual (leia matéria do Observatório). “Se, quando esses recursos eram vinculados, os governos fizeram de tudo para não garantir, ao menos, o mínimo possível para a saúde, imagine quando não for mais vinculado? A situação da saúde poderá piorar ainda mais. Teremos a sigla SUS, e não mais o SUS que foi concebido pela Constituição e pelas leis”, alertou. Sonia Fleury destacou que a saúde “passa por uma crise moral fomentada pela crise do financiamento”.    

Sobre a criação do sistema, os dois pesquisadores, que participaram ativamente do movimento da Reforma Sanitária e da luta pela democratização da saúde, ressaltaram o papel da sociedade civil. Também destacaram os avanços na descentralização, participação social e nas iniciativas para integralidade da atenção no SUS.

Matéria retirado do site Observatório de Análise Política em Saúde.